terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Montaria Lagoaça 3/1/2009










Organização: Associativa de Lagoaça - Fernando Curval
Temperatura amena
Portas +- 80
Animais Cobrados 19
Parabéns para o Artur Esteves pelo Navalheiro (muito provavelmente medalhado).






Peço imensa desculpa pela qualidade das fotos, caso alguem presente que as tenha melhor agradeço que mas faculte para melhor dignificar esta montaria.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Montaria Benquerenças 29/11/2008







Caros Amigos,
Junto algumas fotos tiradas em Benquenças, entre as quais a do mísero resultado de tão árdua campanha : 1/100 = 1% !!!
Perdoem-me a qualidade das fotos, obtidas com um telemóvel.
Um abraço,
Jorge Guedes

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Caçada Perdizes dia 8/11/2008




Vaidosos!!!

Retomamos as nossas prosas.






Carissimos Amigos,



com o iniciar da caça, podemos outra vez por as nossas conversas em dia assim aqui vai:



Caçada as pedrizes em Castelo Branco



Dia fantastico e temperatura alta alguma caça e boa comida.



Não se esqueçam de colaborar!!

terça-feira, 18 de março de 2008

MUDANÇA DE MENTALIDADE...PRECISA-SE



Estamos quase a entrar no mês de Abril e as saudades dos dias passados no campo com os companheiros das lides venatórias, começam a apertar.
Sonha-se com a nova época, que ainda vem longe, mas que se imagina, e se pretende fértil. Enquanto no calendário, vão caindo as páginas, vão-se vendo uns DVD’s sobre grandes caçadas Espanholas, e vai-se sonhando que para o próximo ano venatório, também assim será.
Mas infelizmente, há uma pequena diferença entre a mentalidade Portuguesa e a mentalidade Espanhola. É que nós somos os reis da teoria e usámo-la como combustível para alimentar o sonho, mas nada fazemos para enfrentar a realidade nem tentamos alterar essa mesma realidade, de modo a aproximá-la o mais possível do respectivo sonho.
Ninguém assume, que, pela caça em Portugal, pouco ou nada se faz para inverter uma tendência que, se encaminha no sentido directo do deserto cinegético (em algumas regiões), ou no sentido da capoeira (noutras regiões). Os caçadores Portugueses pouco ou nada fazem, pensando que fazem muito, por pagarem as suas quotas à Zona de Caça, à qual estão associados. O Governo faz ainda menos, massacrando e penalizando as mesmas, com taxas e imposições algo abusivas, como é o caso dos seguros obrigatórios das largadas e montarias, que as Zonas de Caça são obrigadas a possuir, aquando da realização das mesmas, sendo que os caçadores participantes e os próprios cães, já têm cada um o seu seguro obrigatório, para não falar da “aberrante” Lei 5/2006 de 23 de Fevereiro que cria mais um seguro (para estarmos bem “assegurados”) “conforme artigo 77º”, obriga os caçadores a submeterem-se a um curso de formação de “manuseio de armas???”, enquanto isenta os políticos e magistrados (onde está a igualdade?), e nos obriga a adquirir um “cofre” em casa para as armas e um cadeado na própria arma.
Toda a actividade cinegética, juntamente com as obrigações legais dos caçadores (licenças, uso e porte de arma, seguros, cartas de caçador, exames, etc), é uma importantíssima fonte geradora de receita, que entra nos cofres do Estado, sendo por isso, injusto que o Governo não invista, nem subsidie esta mesma actividade, limitando-se a legislar de forma a que os caçadores a subsidiem e ao mesmo tempo, colaborem na manutenção e preservação da floresta. Estes por sua vez, o que fazem, é pagarem o que têm a pagar e nada mais. Sentem-se com a consciência limpa, por darem a sua participação monetária.
Este modo de pensamento, não está certo de modo algum. Enquanto os caçadores Portugueses assim pensarem, estão a contribuir para o fim da caça em Portugal, porque o dinheiro, só por si, não produz espécies cinegéticas. O dinheiro é sim, uma parte importante mas intrínseca, nas necessidades básicas daquilo que se pretende e entende como ordenamento cinegético. O dinheiro compra, mas não organiza, nem tem sabedoria e muito menos tem pensamento. Para haver condições, mais do que a parte financeira é necessário, organização, cooperação, colaboração e muita vontade.
Se os caçadores Portugueses, além de pagarem, colaborarem e se interessarem em melhorar a sua Zona de Caça, assumindo-a como sendo uma coisa sua, então, não restarão dúvidas que ultrapassaremos os Espanhóis e que o sonho se tornará realidade.
Enquanto isso não acontecer, podem ir-se enganando em algumas Zonas de Caça, pagando nelas, num só dia, uma pequena fortuna, trazendo para casa metade do “galinheiro” que lá foi colocado (nesse dia) de manhã, contribuindo para enriquecer ainda mais aqueles que tendo um verdadeiro deserto cinegético de espécies autóctones, passam a vida a vender gato por lebre.
Ninguém tenha dúvida que em Portugal, quem quiser abater espécies cinegéticas 100% selvagens, terá que ser em Zonas de Caça credíveis.
É urgente que cada caçador faça uma reflexão, arregace as mãos, e colabore com trabalho ou invista na sua Zona de Caça, porque só assim, se conseguirá preservar um bem que se pretende cada vez melhor. Até porque o regime livre acabou!

Por nós, tentaremos lutar contra todos os factores prejudiciais ao bom desenvolvimento e melhoramento das nossas Zonas de Caça e conseguir minimamente encontrar, a proporcionalidade entre o capital de trabalho efectuado e a qualidade que se pretende oferecer.
Àqueles que pensarem como nós e acreditarem no nosso projecto, prometemos trabalho, dedicação e respeito por todas as partes envolvidas.
Manuel António

sábado, 15 de março de 2008

TERMINARAM AS MONTARIAS...CHEGARAM AS ESPERAS




Temos assistido nos últimos anos a uma grande expansão do javali e veado em quase todo o Território Nacional.
Uma série de factores têm contribuído para que estas espécies sejam cada vez mais abundantes (apesar da pressão cinegética a que têm estado submetidas), nomeadamente a do abandono dos campos e dos cultivos tradicionais e ao desaparecimento dos seus predadores naturais, como o lobo. Por outro lado, a expansão do javali tem contribuído para a diminuição do coelho e perdiz, por ser ele um dos seus principais predadores. Na realidade de ano para ano, o javali coloniza novas zonas, proporcionando inúmeras jornadas de caça, tendo-se convertido no objectivo prioritário de muitos caçadores portugueses, que abdicaram de certa forma da caça menor, em prol dele.
Esperas, batidas e montarias acontecem quase um pouco por toda a nossa geografia, tendo como anfitrião o javali, temido pela sua bravura e perigosidade quando ferido ou acossado. Contudo, não basta ir para o campo, cercar determinada área de matagal e introduzir os cães, para os abater. Por detrás de uma montaria, há todo um trabalho de preparação do terreno, que se inicia muitos dias e até meses antes. Pelo menos, assim tem acontecido nas minhas organizações. As manchas são estudadas previamente, e preparadas, investindo nelas determinado capital.
Tenho consciência de que não somos os melhores, nem tão pouco pioneiros de alguma coisa, mas tudo fazemos para não sermos os piores. Se pelo menos conseguirmos isso, teremos vontade e estímulo para irmos melhorando gradualmente, sem pensar em resultados, porque em montarias e esperas, estes são muito imprevisíveis, mas em qualquer caso, é obrigatório ficar-se com a consciência tranquila de que tudo o que se fez, foi bem feito e que efectuado de outra forma, seria errado.
Uma coisa é certa! Neste momento, o javali (pelo menos na nossa região) tem uma população bastante numerosa, sendo considerado abundante, logo, prejudicial á agricultura e á criação das espécies de caça menor, além de provocarem pagamentos indesejados de indemnizações aos proprietários por parte das Associações que têm a obrigação de os manter controlados.
É nessa lógica que são necessárias as esperas e montarias, e não, como alguns julgam, para fazer carne e dinheiro. Acredito, que nalgumas Associações isso aconteça (mais pelo dinheiro), mas aqueles (e já são bastantes), que preenchem as suas agendas com montarias durante todo o calendário venatório, á procura dos troféus das suas vidas, já começam a saber fazer a distinção.

Após finalizar o mês de Fevereiro e com o encerramento das montarias, iniciam-se as esperas, que só o serão se forem efectuadas com o espírito selectivo, e em locais onde realmente haja animais.
Como todos sabemos, este “ungulado” é um animal que “migra” em função da alimentação. Ou seja, durante todo o ano, há necessidade de lhes proporcionar alimento, nos locais das esperas, para que eles se “querenciem, e não tenham que emigrar. Quem não investir neste método, que não é barato, não terá javalis nos cevadouros. Infelizmente, ainda existem “mentalidades” que em vez de alimentar os animais, prefere usar uma mentalidade “criminosa” de colocar no terreno, dejectos industriais pesados e poluidores do Ambiente, como os óleos e combustíveis, para atraírem os javalis que aí se deslocam para eliminarem os parasitas externos. É um método barato e criminoso, no entanto, existe muita gente, que não olha a meios para atingir os fins.
Quero com isto alertar “quem de direito”, que não é só nas montarias que se procura “colher sem semear”, também nas esperas fazem o mesmo, com a agravante de obrigarem a natureza a pagar uma factura muito elevada, para poderem encher os bolsos, com a troca do milho e trigo por óleo queimado.
Saudações cinegéticas!


Manuel António

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

SENSAÇÕES FORTES


SENSAÇÕES FORTES
Vai-se embora o mês de Fevereiro e leva com ele, as montarias. Uns terão boas recordações, outros, nem por isso.
Este método de caça, consta nos calendários venatórios das Zonas de Caça, e tornou-se "moda". Infelizmente, mesmo aquelas que têm um número muito reduzido deste "ungulado" (javali), que é o principal protagonista das montarias, também as incluem no seu calendário, prejudicando o "ingénuo" Monteiro que acreditou na dignidade dos Organizadores. Mas isso é outra história, que fica por contar e que um dia destes, analisaremos.
Agora! É tempos das "ESPERAS"!
Esta modalidade, também consta nos P.A.E.’s e nos calendários venatórios e têm a pretensão de oferecer aos apaixonados deste método de caça, vibrantes sensações e lances inesquecíveis que perdorarão na memória. Esta modalidade cinegética, como qualquer outra, não é para todos. Cada caçador tem uma modalidade favorita dentro do hemisfério venatório, sendo poucos, aqueles, que gostam de todas de igual modo.
As "esperas", e sem querer ferir susceptilidades, são para "homens de barba rija". Estas, proporcionam aos caçadores a oportunidade de se sentirem realmente sozinhos, de dscobrirem muitos sons e movimentos que nascem quando "morre o dia", e permitem fazer uma análise das nossas reações perante a incerteza, bem como interpretar os acontecimentos ocultos da escuridão. Proporciona-nos ainda o privilégio de nos distanciarmos por algumas horas de um progresso apenas assinalado no céu pelas luzes dos aviões. Tudo tão perto e tão longe, simultâneamente, tão confuso, tão propício para nos medirmos a uma curtíssima distância com um animal verdadeiramente selvagem, que nos torna tão pequenos, perante tanto mistério e grandeza.
É muito difícil, senão impossível, transmitir a sensação de cada "espera" a outra pessoa que nunca tenha realizado alguma. Estas sensações não se conseguem traduzir em palavras, sentindo até alguma frustação por não as conseguirmos partilhar. Não há nesta modalidade o meio termo, ou se amam, ou se odeiam.
O Caçador de "esperas" colocado no seu posto, sente outro mundo, não possível a todos. Ali, o céu é diferente. É muito mais profundo, contém muito mais estrelas (muito mais brilhantes), nas quais, se "desprende" uma de vez em quando, e "risca" o astro, no seu trajecto, que fica marcado pelo espectro do seu rasto.
...de repente, o ritmo cardíaco dispara com o estilhaçar de um pau. Aguarda-se alguns minutos, e da penumbra do emaranhado das estevas, surge imponente o "rei da mata". O bater da nossa máquina parece descordenar-se "chegando a agulha ao vermelho", sustem-se a respiração, levanta-se tremulamente a arma, tenta-se meter bem a cara, e...
Quero aqui salientar, que este tipo de caça não é como muitos julgam, uma caça assasina e bárbara. É sim, no regime ordenado, uma caça selectiva.
É na "esperas" que vão aparecendo os velhos navalheiros que sobreviveram ao longo de muitos anos a montarias e todos os métodos possíveis de caça (legais e ilegais). Geralmente, nas "esperas" abatem-se machos adultos, sendo éticamente incorrecto, abater fêmeas com listados ou juvenis. No caso de entradas com vários elementos, atira-se sempre ao mais volumoso (desde que não hajam "criancinhas"), sendo este normalmente o portador do troféu. Mas o objectivo é mesmo o solitário, tendo aqui, nós a certeza de que é um macho "dos tais".
No entanto, não se pense que em cada "espera", entra porco. Por vezes passa-se uma lua só a ouvir os sons da noite e a ver o brilho das estrelas.
Este método de caça, existe também, porque sendo este ungulado um animal de fácil reprodução e não tendo predadores naturais, tem aumentos brutais de população, causando devastadores prejuízos à agricultura, havendo a necessidade de o controlar.
Quem anda no terreno é conhecedor dos quantitativos populacionais e sabe até aonde deve ir. Tal qual, uma exploração de ovelhas, vacas, etc., proporciona-se alimento, zona de refúgio com condições para reprodução, e abatem-se os números excedentários. A isto chama-se gestão e ordenamento cinegético e carece de um trabalho "meticuloso" antes de nos podermos sentar no "palanque". Habituar um "javardo" a comer em determinado sítio, e mantê-lo a procurar o "jantar" todas as noites do ano, é uma árdua tarefa, que alguém terá que assumir.
Hoje em dia, o amante das "esperas" é um "caçador de troféus" que confia a sua posição "numa lua" a uma Empresa ou Associação (vocacionada para a modalidade), que se ocupa de a preparar. Mas também aqui, como nas montarias terá de haver "bom senso" por parte dos organizadores, e "credebilidade" por parte de quem se sentará no "palanque".
Boas esperas e óptimos troféus!
Manuel António

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Montaria Proença-a-Nova

Montaria de Proença 2008/02/24

Organização: Zona de Caça Municipal Proença
Portas: 100??
Matilhas:??
Javalis: 1 Navalhinhas
Tempo: Chuva e temperatura amena
Grupo: Manuel Teixeira, Agostinho, Jorge Maia, Carlos Alves, Miguel Salema, Tozé Granja, José Cruz, Paulo Esteves, José Carlos Coruja, éramos muitos.

Juntamo-nos no campo de tiro de Pedra do Altar, eu não comi o taco mas tinha um aspecto delicioso (fêveras, queijo fresco, enchidos etc), como jé é habito naquelas andanças apareceram os Bombos do Joca para animar antes da montaria… tudo prometia.

Deslocamo-nos para as bombas de gasolina de Proença onde apanhamos os Postores para as nossas portas, a mim calhou-me a porta 56 muito boa , embora não tenha passado nada senão 2 raposas.

No retorno e já com o Jorge Maia este transcreveu o sucedido ao Agostinho, que zangado com a porta que lhe havia calhado (pensando este que esta era para o Coruja), ficou indignado pondo em causa a sua continuidade na montaria, não fora o bom senso do Jorge Maia para se dispor a trocar pela sua. Não sabia o Agostinho que o Maia tem destas coisas e tinha contratado um Javardo para a porta do Agostinho o que se veio a verificar no final(se o agostinho fosse vidente não teria trocado a porta), tendo este sido cobrado depois de muita luta pelo (peço desculpa se cometer alguma imprecisão) Sr. Major Curto.

Lamentavelmente tive que me vir embora e quem quiser comentar o repasto que o faça por favor.

Fim de época de montarias para o ano há mais para comentar entretanto queiram por favor pôr-nos corrente das vossas esperas.

Cumprimentos

Mané Granja

NB. "mais uma enrabadela.!!!" espero que se ja a ultima. como disse o Joca eu já tive 3 seguidas.

Montaria mancha do Fojo


As montarias para além da caça são um convivio


Este blog foi criado por mim com o objectivo de comentar a jornada de caça, para divulgar caçadas, para debater ideias, para apontar eventuais anomalias, etc, tudo isto com o objectivo de usufruir-mos de um bom dia de caça, nunca com a finalidade de ofender ou maltratar aqueles que com o seu trabalho (com fins lucrativos ou não), nos proporcionam este dia.

Caríssimos Amigos e Monteiros, pretendo com este artigo esclarecer e por fim a uma controvérsias que de todo não vejo mal nenhum, em as pessoas envolvidas não devem sentir-se melindradas por outras criticarem aquilo porque supostamente trabalharam por ser melhor.

A montaria da mancha do Fojo, como outras(!!!) montarias fosse pelo que fosse, foi um fiasco, daí não vem mal ao mundo mas não é com essa finalidade que vamos as montarias, mal seria que o Joca e o Nuno para agradar aos presentes tivessem comprado um camião de porcos para lá porem. Não, não o fizeram, poderiam no entanto, quando verificaram que esta mancha não tinha porcos (sim, porque o devem ter verificado) , mudar a mancha ou cancelar pura e simplesmente a montaria.

Quanto ás enrabadelas, o meu comentário é o seguinte: só sou enrabado por amigos ou amigos dos amigos. Porque aos outros eu não deixo.

Espero que as montarias de ano que vêem sejam mais produtivas, de forma a colocar aqui êxitos e troféus que orgulhem os organizadores e Caçadores.

Abraço a todos.

Mané Granja

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Montaria de Idanha-a-Nova (Mancha do Fojo)




O próprio nome da mancha, convidava-nos a "fugir"!
17-02-08 – É incrível! Mas o facto, é que embora já tenha alguma experiência, e algum sentido de presentimento para detectar "barretes", desta vez deixei-me levar pela "magia" da amizade, e involuntáriamente fiz algo contrário áquilo de que muito me orgulho.
O que mais me revolta, nem é o facto de eu apanhar um barrete, porque eu já levo "as coisas" de uma maneira, que consigo tirar algum partido da situação, já que mais não seja, pelas fotos para o album das recordações. Embora também lamente o tempo perdido, que para mim é preciossísimo, por ter outros afazeres de gestão (na érea cinegética), o pior, é sentir que involuntáriamente também enganei pessoas, que de certeza também teriam mais que fazer, e que participaram em "uma tentativa" de montaria, pelo facto de terem confiado em mim, e de eu ter confiado em outros.
Puro engano! O meu e o deles.
Fomos todos enganados.
O Joca é um óptimo rapaz, do qual, eu sou verdadeiramente amigo e tenho algum apreço, mas falhou mais uma vez. Eu, que já tenho obrigação de o conhecer bem, deixei-me levar pelo facto de a mancha que iria ser monteada, não a conhecer, desde há 6 anos, a qual, nesse ano ter dado 33 javalis, e eu ter estado presente. Não sabia era que desde essa altura, a mesma, tenha sido explorada intensivamente com gado "vacum" (bovino). Ora se eu soubesse, imediatamente deduziria o resultado que não iria além do zero.
Quem anda nestas coisas, tem obrigação de saber com toda a certeza, que o pior inimigo das actividades cinegéticas, nomeadamente da caça maior, é exploração intensiva de animais domésticos, seja caprino, ovino, avícola, mas principalmente bovino, pela sua maior apetência alimentar e tendência em atacar os Javalis.
O que importa, é que quando já em cima da 4 x 4 que me iria colocar na minha "porta", na qual, eu imediatamente abandonei, por esta não o ser sequer, mas tão só, um buraco de poucos metros aonde eu só conseguia ver a minha mochila e nada mais, ía fazendo uma leitura do terreno a tentar vislumbrar algo, além da bosta de vaca que por todo o lado abundava, inclusivé, em cima dos pedregulhos. Além disso, consegui aperceber-me pelo brilho intenso das fitas que marcavam o espaço de 20 m de cada porta (marcadas ao metro e não á zona), que tinham sido colocadas há poucas horas, e que os usufrutuários do terreno (as vacas), tinham abandonados o local (para o outro lado da estrada) , no dia anterior.
Todas as portas, além das portas concebidas exclusivamente, para o proprietário e seus convidados, eram uma espécie de portas duplas/triplas, aonde "uns ao colo dos outro" íam perdendo a "fesada" que haviam alimentado, por culpa do "marketing" enganoso que falava em mãe das montarias e resultados entre 30 a 50 "porcos".
Eu confiei e transmiti!
Então também enganei, porque me deixei enganar, e porque confiei e esqueci-me que por trás desta organização estava o meu amigo Joca em consórcio com o seu amigo Nuno (não! Não é esse "o Nuno Pinto"), duas figuras carismáticas das montarias do "nosso Interior". Digo isto com alguma tristeza, porque realmente gosto dos dois. São pessoas fenomenais, e têm bastante valor (principalmente o meu amigo Joca), mas uma coisa é ser uma pessoa maravilhosa e outra é ter capacidade de gestão e organizativa, que são as lacunas que eu lhe aponto.
Quanto ao proprietário do terreno, que se deite cedo, pois o facto de usar safões personalizados e adaga dos tempos dos "samurais", não lhe dá o direito de querer as vacas, os porcos, o terreno e o dinheiro.
Ao que me toca, peço imensa desculpa a todos que convenci a estarem presentes nesta montaria, em que levar a arma foi um sacrilégio, pelo trabalho que depois tiveram que ter para a limpar, e pelo "banho" que apanharam.
Futuramente só me irei desculpar pelos meus actos, se para eles houver motivo. Espero que não.
Um abraço a todos!
Manuel António