Estamos quase a entrar no mês de Abril e as saudades dos dias passados no campo com os companheiros das lides venatórias, começam a apertar.
Sonha-se com a nova época, que ainda vem longe, mas que se imagina, e se pretende fértil. Enquanto no calendário, vão caindo as páginas, vão-se vendo uns DVD’s sobre grandes caçadas Espanholas, e vai-se sonhando que para o próximo ano venatório, também assim será.
Mas infelizmente, há uma pequena diferença entre a mentalidade Portuguesa e a mentalidade Espanhola. É que nós somos os reis da teoria e usámo-la como combustível para alimentar o sonho, mas nada fazemos para enfrentar a realidade nem tentamos alterar essa mesma realidade, de modo a aproximá-la o mais possível do respectivo sonho.
Ninguém assume, que, pela caça em Portugal, pouco ou nada se faz para inverter uma tendência que, se encaminha no sentido directo do deserto cinegético (em algumas regiões), ou no sentido da capoeira (noutras regiões). Os caçadores Portugueses pouco ou nada fazem, pensando que fazem muito, por pagarem as suas quotas à Zona de Caça, à qual estão associados. O Governo faz ainda menos, massacrando e penalizando as mesmas, com taxas e imposições algo abusivas, como é o caso dos seguros obrigatórios das largadas e montarias, que as Zonas de Caça são obrigadas a possuir, aquando da realização das mesmas, sendo que os caçadores participantes e os próprios cães, já têm cada um o seu seguro obrigatório, para não falar da “aberrante” Lei 5/2006 de 23 de Fevereiro que cria mais um seguro (para estarmos bem “assegurados”) “conforme artigo 77º”, obriga os caçadores a submeterem-se a um curso de formação de “manuseio de armas???”, enquanto isenta os políticos e magistrados (onde está a igualdade?), e nos obriga a adquirir um “cofre” em casa para as armas e um cadeado na própria arma.
Toda a actividade cinegética, juntamente com as obrigações legais dos caçadores (licenças, uso e porte de arma, seguros, cartas de caçador, exames, etc), é uma importantíssima fonte geradora de receita, que entra nos cofres do Estado, sendo por isso, injusto que o Governo não invista, nem subsidie esta mesma actividade, limitando-se a legislar de forma a que os caçadores a subsidiem e ao mesmo tempo, colaborem na manutenção e preservação da floresta. Estes por sua vez, o que fazem, é pagarem o que têm a pagar e nada mais. Sentem-se com a consciência limpa, por darem a sua participação monetária.
Este modo de pensamento, não está certo de modo algum. Enquanto os caçadores Portugueses assim pensarem, estão a contribuir para o fim da caça em Portugal, porque o dinheiro, só por si, não produz espécies cinegéticas. O dinheiro é sim, uma parte importante mas intrínseca, nas necessidades básicas daquilo que se pretende e entende como ordenamento cinegético. O dinheiro compra, mas não organiza, nem tem sabedoria e muito menos tem pensamento. Para haver condições, mais do que a parte financeira é necessário, organização, cooperação, colaboração e muita vontade.
Se os caçadores Portugueses, além de pagarem, colaborarem e se interessarem em melhorar a sua Zona de Caça, assumindo-a como sendo uma coisa sua, então, não restarão dúvidas que ultrapassaremos os Espanhóis e que o sonho se tornará realidade.
Enquanto isso não acontecer, podem ir-se enganando em algumas Zonas de Caça, pagando nelas, num só dia, uma pequena fortuna, trazendo para casa metade do “galinheiro” que lá foi colocado (nesse dia) de manhã, contribuindo para enriquecer ainda mais aqueles que tendo um verdadeiro deserto cinegético de espécies autóctones, passam a vida a vender gato por lebre.
Ninguém tenha dúvida que em Portugal, quem quiser abater espécies cinegéticas 100% selvagens, terá que ser em Zonas de Caça credíveis.
É urgente que cada caçador faça uma reflexão, arregace as mãos, e colabore com trabalho ou invista na sua Zona de Caça, porque só assim, se conseguirá preservar um bem que se pretende cada vez melhor. Até porque o regime livre acabou!
Por nós, tentaremos lutar contra todos os factores prejudiciais ao bom desenvolvimento e melhoramento das nossas Zonas de Caça e conseguir minimamente encontrar, a proporcionalidade entre o capital de trabalho efectuado e a qualidade que se pretende oferecer.
Àqueles que pensarem como nós e acreditarem no nosso projecto, prometemos trabalho, dedicação e respeito por todas as partes envolvidas.
Manuel António
Sonha-se com a nova época, que ainda vem longe, mas que se imagina, e se pretende fértil. Enquanto no calendário, vão caindo as páginas, vão-se vendo uns DVD’s sobre grandes caçadas Espanholas, e vai-se sonhando que para o próximo ano venatório, também assim será.
Mas infelizmente, há uma pequena diferença entre a mentalidade Portuguesa e a mentalidade Espanhola. É que nós somos os reis da teoria e usámo-la como combustível para alimentar o sonho, mas nada fazemos para enfrentar a realidade nem tentamos alterar essa mesma realidade, de modo a aproximá-la o mais possível do respectivo sonho.
Ninguém assume, que, pela caça em Portugal, pouco ou nada se faz para inverter uma tendência que, se encaminha no sentido directo do deserto cinegético (em algumas regiões), ou no sentido da capoeira (noutras regiões). Os caçadores Portugueses pouco ou nada fazem, pensando que fazem muito, por pagarem as suas quotas à Zona de Caça, à qual estão associados. O Governo faz ainda menos, massacrando e penalizando as mesmas, com taxas e imposições algo abusivas, como é o caso dos seguros obrigatórios das largadas e montarias, que as Zonas de Caça são obrigadas a possuir, aquando da realização das mesmas, sendo que os caçadores participantes e os próprios cães, já têm cada um o seu seguro obrigatório, para não falar da “aberrante” Lei 5/2006 de 23 de Fevereiro que cria mais um seguro (para estarmos bem “assegurados”) “conforme artigo 77º”, obriga os caçadores a submeterem-se a um curso de formação de “manuseio de armas???”, enquanto isenta os políticos e magistrados (onde está a igualdade?), e nos obriga a adquirir um “cofre” em casa para as armas e um cadeado na própria arma.
Toda a actividade cinegética, juntamente com as obrigações legais dos caçadores (licenças, uso e porte de arma, seguros, cartas de caçador, exames, etc), é uma importantíssima fonte geradora de receita, que entra nos cofres do Estado, sendo por isso, injusto que o Governo não invista, nem subsidie esta mesma actividade, limitando-se a legislar de forma a que os caçadores a subsidiem e ao mesmo tempo, colaborem na manutenção e preservação da floresta. Estes por sua vez, o que fazem, é pagarem o que têm a pagar e nada mais. Sentem-se com a consciência limpa, por darem a sua participação monetária.
Este modo de pensamento, não está certo de modo algum. Enquanto os caçadores Portugueses assim pensarem, estão a contribuir para o fim da caça em Portugal, porque o dinheiro, só por si, não produz espécies cinegéticas. O dinheiro é sim, uma parte importante mas intrínseca, nas necessidades básicas daquilo que se pretende e entende como ordenamento cinegético. O dinheiro compra, mas não organiza, nem tem sabedoria e muito menos tem pensamento. Para haver condições, mais do que a parte financeira é necessário, organização, cooperação, colaboração e muita vontade.
Se os caçadores Portugueses, além de pagarem, colaborarem e se interessarem em melhorar a sua Zona de Caça, assumindo-a como sendo uma coisa sua, então, não restarão dúvidas que ultrapassaremos os Espanhóis e que o sonho se tornará realidade.
Enquanto isso não acontecer, podem ir-se enganando em algumas Zonas de Caça, pagando nelas, num só dia, uma pequena fortuna, trazendo para casa metade do “galinheiro” que lá foi colocado (nesse dia) de manhã, contribuindo para enriquecer ainda mais aqueles que tendo um verdadeiro deserto cinegético de espécies autóctones, passam a vida a vender gato por lebre.
Ninguém tenha dúvida que em Portugal, quem quiser abater espécies cinegéticas 100% selvagens, terá que ser em Zonas de Caça credíveis.
É urgente que cada caçador faça uma reflexão, arregace as mãos, e colabore com trabalho ou invista na sua Zona de Caça, porque só assim, se conseguirá preservar um bem que se pretende cada vez melhor. Até porque o regime livre acabou!
Por nós, tentaremos lutar contra todos os factores prejudiciais ao bom desenvolvimento e melhoramento das nossas Zonas de Caça e conseguir minimamente encontrar, a proporcionalidade entre o capital de trabalho efectuado e a qualidade que se pretende oferecer.
Àqueles que pensarem como nós e acreditarem no nosso projecto, prometemos trabalho, dedicação e respeito por todas as partes envolvidas.
Manuel António